(...) Quantas
vezes; julguei que morrer constituísse mera libertação, que a alma, ao
se desvencilhar dos laços carnais, voejaria em plena atmosfera usando as
faculdades volitivas! Entretanto, se é fácil alijar o veículo físico, é
muito difícil abandonar a velha morada do mundo.
Posso
hoje dizer que os elos morais são muito mais fortes que os liames da
carne e, se o homem não se preparou, convenientemente, para a renúncia
aos hábitos antigos e comodidades dos sentidos corporais, demorar-se-á
preso ao mesmo campo de luta em que a veste de carne se decompõe e
desaparece. E se esse homem complicou o destino, assumindo graves
compromissos à frente dos semelhantes, através de ações criminosas,
debater-se-á, chorará e reclamará embalde, porque as leis que mantêm
coesos os astros do Céu e as células da Terra lhe determinam o
encarceramento nas próprias criações inferiores.
Se o bem salva e ilumina, o mal perde e obscurece.
Livremo-nos
do débito, para que não venhamos a mergulhar no resgate laborioso, e
corrijamos o erro, enquanto a hora é favorável, evitando a retificação
muita vez dolorosa.
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