Suicídio,
não pense nisso Nem mesmo por brincadeira… Um ato desses resulta Na dor de
uma vida inteira.
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Por
paixão, Quim afogou-se Num poço de Guararema. Renasceu em provação Atolado no
enfisema.
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Matou-se
com tiro certo A menina Dilermanda. Voltou em corpo doente, Não fala, não vê
nem anda.
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Pôs
fogo nas próprias vestes Dona Cesária da Estiva… Está de novo na Terra Num
corpo que é chaga viva.
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Suicidou-se
à formicida Maricota da Trindade… Voltou… Mas morreu de câncer Aos quatro
meses de idade.
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Enforcou-se
o Columbano para mostrar rebeldia… De volta, trouxe a doença, Chamada
paraplegia.
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Queimou-se
com gasolina Dona Lília Dagele. Noutro corpo sofre sarna Lembrando fogo na
pele.
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“Não se julgue, dentro da vida, como alguém que nunca prestará contas dos atos mais íntimos.
Tudo o que praticamos, Dirceu, permanece gravado no livro da consciência. O bem é a sementeira da luz, portadora de colheitas sublimes de alegria e paz, enquanto que o mal nos enegrece o espírito, como tinta escura que mancha os alvos cadernos escolares."
Mensagem do pequeno morto — Carlos por Neio Lúcio
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"...De que servem as religiões se vocês agridem aqueles que não rezam pela mesma cartilha...? Uri Uraniano.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Suicídio (Cornélio Pires)
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