“Não se julgue, dentro da vida, como alguém que nunca prestará contas dos atos mais íntimos.
Tudo o que praticamos, Dirceu, permanece gravado no livro da consciência. O bem é a sementeira da luz, portadora de colheitas sublimes de alegria e paz, enquanto que o mal nos enegrece o espírito, como tinta escura que mancha os alvos cadernos escolares."

Mensagem do pequeno morto — Carlos por Neio Lúcio

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"...De que servem as religiões se vocês agridem aqueles que não rezam pela mesma cartilha...? Uri Uraniano.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Submissão e Resignação

IX – Submissão e Resignação

            30 – Prefácio – Quando sofremos uma aflição, se procurarmos a sua causa, encontraremos sempre a nossa própria imprudência, a nossa imprevidência, ou alguma ação anterior. Nesses casos, como se vê, temos de atribuí-la a nós mesmos. Se a causa de uma infelicidade não depende absolutamente de nenhuma das nossas ações, trata-se de uma prova para a existência atual, ou de uma expiação de falta cometida em existência anterior, e, neste caso, pela natureza da expiação podemos conhecer a natureza da falta, desde que somos sempre punidos naquilo em que pecamos. (Cap. V, nºs 4, 6 e segs.)
            Naquilo que nos aflige, vemos em geral apenas o mal presente, e não as consequências interiores e favoráveis que ele pode ter. O bem é frequentemente a consequência de um mal passageiro, como a cura de um doente resulta dos meios dolorosos que se empregam para obtê-la. Em todos os casos, devemos submeter-nos à vontade de Deus, suportar corajosamente as atribuições da vida, se quisermos que elas nos sejam contadas, e que se apliquem a nós estas palavras do Cristo: Bem-aventurados os que sofrem. (Cap. V, nº 18)


            31 – Prece –  Meu Deus, soberana é a vossa justiça: todo sofrimento neste mundo, portanto, deve ter uma causa justa e a sua utilidade. Aceito a aflição que estou provando (ou que acabo de provar) como uma expiação para as minhas faltas passadas e uma prova com vistas ao futuro. Bons Espíritos que me protegem, dai-me a força de a suportar sem murmurar (ou de a lembrar sem queixa); fazei que eu a encare como uma advertência providencial; que ela enriqueça a minha experiência; que abata o meu orgulho e diminua a minha ambição, a minha tola vaidade e o meu egoísmo; que contribua, enfim, para o meu adiantamento.


            32 – Prece – Sinto, meu Deus, a necessidade de orar para vos pedir as forças necessárias a suportar as provas que me enviastes. Permiti que a luz se faça em meu espírito, com a devida intensidade, para que eu possa apreciar toda a extensão de um amor que me aflige porque me quer salvar! Submeto-me com resignação, ó meu Deus, mas  ai de mim! É tão frágil a criatura humana que, senão me sustentardes, poderei sucumbir! Não me abandoneis, Senhor, pois sem o vosso amparo eu nada posso!

            33 – Prece – Elevei o meu olhar para ti, ó Eterno, e me senti fortalecido. Porque é a minha força, e te peço, meu Deus, que não me abandones! Estou esmagado ao peso das minhas iniquidades! Ajuda-me, pois conheces a fraqueza de minha carne! Não afastes de mim o teu olhar! Estou devorado por uma sede ardente. Fazer brotar a fonte de água viva,que me desdentará! Que meus lábios só se abram para te louvar, e não para reclamar das aflições da vida. Sou fraco, Senhor, mas o teu amor me sustentará. Ó Eterno, só tu és grande, só tu és a razão e o fim da minha vida! Seja bendito o teu nome, quando me deres, pois tu és o Senhor e eu o servo infiel. Curvarei a fronte sem uma queixa, porque só tu és grande, só tu és o alvo!

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